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Dicas para não se matar-se a si mesmo - Parte 2

Tom Boca de Cantor 31 de outubro de 2010
IPOD03
Você está andando na rua como anda todo dia. Escutando em seu IPod, um batidão no último volume como escuta todo dia. Acontece uma mudança em um prédio e estão puxando um piano de calda pela janela do 27º andar como fazem todo dia. Mas não é um dia como todos os outros dias. Hoje é dia de morte. De sangue. De azar. De infortúnio. Então o Piano escapa e começa a cair. As pessoas gritam para você sair da calçada e por culpa do Ipod no último volume, você fica parado que nem um bobo tentando fazer leitura labial. É o fim. Para você, para o IPod e pra o piano.
CORTADOR02

Para muitas famílias, sábado é um dia de paz e sossego onde se repira tranquilidade e tudo o que se vê são colinas redondinhas e verdejantes. Porém, para outros tantos clãs, sábado é dia de cortar grama, limpar o pátio, lavar calçadas, passar aspirador no carro. Aí, ao invés de paz, tudo se transforma em tédio e desanimação.


Então você está cortando a grama e há uma pequena descida no fundo do quintal, junto à algumas árvores. Você está de saco cheio do empurra-puxa da máquina, porém está contente por que o final do sábado se aproxima. A aparente tranquilidade do final da empreitada se transforma em desleixo, relaxamento e desantenção. É a deixa para a morte começar agir.


O equipamento escapa de suas mãos suadas e desce desajeitadamente a pequena ladeira. Você corre atrás dele, mas antes de alcançá-lo, ele bate em um pé de mangas. Uma manga balança e despenca do sétimo metro de altura sobre sua testa. E aí meu caro, Game Over.

VASO002

seu patrão está ali, curtindo o momento do xixi matinal. Para muitos, a melhor hora do dia. Um momento único e prazeroso, onde o tintilar do líquido amarelo na latrina faz todo o sono se transformar em sorrisos. Mas como todo homem, o seu patrão também comete o delito - que mulher alguma tolera - de deixar um pingo não encontrar a louça do vaso e nem a água que está no centro. Sem querer, esse pingo rebelde cai no chão.

Minutos depois, enquanto ele toma o belo café da manhã que você, a emprega da casa, preparou, surge sua ordem imponente para você, a empregada da casa, limpar o banheiro. E lá acontece o trágico inetável. Você se curva para esfregar o chão, o havaianas arrebenta e você, a empregada da casa, bate a cabeça na borda do vaso e vira um defunto. Triste.

3 comentário(s):

Anônimo disse...

ok. esse não teve graça.

Anônimo disse...

Piano de calda... putz, calda de que?

Anônimo disse...

Tenso! Vc escreve bem, Parabéns !

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